terça-feira, 22 de janeiro de 2008

As metáforas são perigosas,e o Amor começa por uma metáfora...


"O flerte pode-se dizer que é um comportamento que deve dar a entender que uma aproximação sexual é possível, sem que essa eventualidade possa ser entendida como uma certeza. Em outras palavras, o flerte é uma promessa de coito, mas uma promessa sem garantia. portanto entre o amor e o acto de amar há uma grande diferença, para muitos o flerte é uma segunda natureza, uma rotina insignificante um campo de investigação, vontade de descobrir aquilo do que se é capaz fazendo-o tão importante, tão grave, o desejo de agradar que se perde toda a leveza, tornando-o forçado, intencional, excessivo. O equilíbrio entre a promessa e a ausência de garantia em que reside o autêntico virtuosismo do flerte foi rompido e está muito inclinado a prometer, sem mostrar de maneira suficientemente clara que as promessas feitas não nos obrigam a rigorosamente nada!!"

MILAN KUNDERA

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois e o que há mais para aí é isso, quem o faça por defeito, pelo encanto do momento, e quem o faça por ser a única forma de alimentar um ego sedento de atenção!!
Gosto do que escreves,