sábado, 27 de dezembro de 2008

Evoluir


"A revolução
é dar uma volta,
e voltar
exactamente
ao mesmo sítio"

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Desejo-te o melhor do Mundo


Estou profundamente triste,
esta dor dilacera-me, é mais forte do que eu...
Há mais de um mês que sei disto,

mas o meu estado de agitação aumentou, nos últimos dias,

por acontecimentos dispares,
numa sequência impar, "choque" em cadeia,
tal qual um baralho de cartas, colocado na vertical,

que ontem um sopro, fez cair...

E agora estou angustiada,
ansiosa,
preocupada,
porque, acho eu que neguei até ao fim...
que isto iria mesmo acontecer...
Quer dizer, eu sempre soube que sim,

porque tu és das pessoas mais fortes e decididas que eu conheço....
Era esperar o inevitável,

sem um retrocesso inesperado...
mas agora que está decidido,
sinto-me triste...
Espero que não leias tão cedo este "post",

porque não quero perturbar-te,
de todo,
a tua vida está em jogo,
e estou feliz por ti,
por ires atrás do teu caminho...

da tua Luz,

do teu Destino,

sem olhar para trás,

sem esgares de receio...

No entanto,
embora não vás desaparecer,

não vás para longe,

embora eu seja aquele ser, aparentemente independente e desligado... O certo é que não sei viver muito bem

longe de um abraço de quem amo,

de quem me apoia,
de quem me olha nos olhos,

e diz as "piores" ou as melhores coisas.....

me diz as verdades

e me reconforta....
está ali por mim....
eu sei que sempre estarás...onde quer que estejas,


perto ou longe estarás sempre lá por mim,

eu aqui sempre estarei por ti, minha Querida...
mas logísticamente não será igual...
e esse sentimento reflecte em mim,
o "abandono"...
E de repente pensei...
Diabos!!!
Isto é mais um padrão,
este dificil de contrariar...
deve ser a tal coisa a que chamam destino....
Em 4 décadas de vida,
é a terceira vez,
aos 17 anos a melhor amiga de infância,
aos 29 a minha irmã,
após os 40 agora vais tu....
já sou crescida,
eu sei,
mas sinto-me tão criança abandonada,
neste preciso momento...


Querida,

desejo-te o melhor do Mundo,

hoje e sempre,

tudo do melhor,

tal e qual quero e ambiciono para mim,

mas vou sentir tanto a tua falta aqui...

Pertinho de mim...

és uma âncora que não pretendo largar,

Irmã, da minha Família "escolhida"...

Os Amigos,

sim, esses pouquinhos com A Grande...

Adoro-te,


Vai...

Eu Triste ou não pela tua ausência,

Estarei sempre,

Aqui, Ali, Aí, Acolá, Além,

Sempre por Ti...

Sê Feliz,

Aproveita,

Faz favor de seres muito Feliz,

nesta tua nova etapa...


Fora daqui!!


P.S. Não te preocupes com a ansiedade da "tola"da Tua Amiga!!!:-)


"To my Best Friend, always and Forever"

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Como és previsível



Meu Defeito,

a razão do teu DESPEITO???.....

Não.

É a Tua Causa....

a que Tu e só tu plantaste,

EU
Sou apenas o Efeito......

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

De profundis....

......Amamus.

"Ontem
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria

Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros

Olha
como só tu sabes olhar
a rua os costumes

O Público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso

Não faz mal abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso"


Mário Cesariny

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pelo Mundo fora...neste Jardim que é Meu.


"Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

Fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.

Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...

Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.

Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.

Outra vez te revejo,
Cidade da minha infãncia pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...

Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?

Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.

Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...

Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...

Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!..."
                 Lisbon revisited (1926)
de Álvaro de Campos

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Barcelona




Where the winds all blew


The churches dont have windows


But the graveyards do


Me and my shadow


Are wrestling again


Look out stranger


Theres a dark cloud moving in


But if you could hear


The voice in my heart


It would tell you


Im afraid


I am alone


Wont somebody pleaseHold me,


release me


Show me the meaning of mercy


Let me loose


Fly,


let me fly


Let me fly


Super paranoid


Im blending,


Im blurringIm bleeding


Into the scenery


Loving someone else


Is so much easier


But I hold myself hostageIn the mirror


But if you could hear


The voice in my heart


It would tell you


Im tired of feeling this way


God, wont you please


Hold me,


release me


Show me the meaning of mercy


Let me loose


Let me fly


Let me fly


Let me fly


I wont be held down


I wont be held back


I will lead with my faith


The red light


Has been following me


But dont worry mother


Its no longer my gravity


Hold me, release me


Show me the meaning of mercy


Let me fly




Let me fly




Let me fly

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Yes we can


O Dia em que algo no Mundo mudou,

em que a América deu um passo em frente,

porque pela primeira vez na história, um Negro,

um Afro-Americano, chegou a presidente...

Que Barack Obama, não faça a diferença só pela cor...

Os Americanos acreditaram, e acreditam,

cá por fora, outros tantos também.

Faço parte desse número, se fosse Americana, nele teria votado.

Viva Obama...Viva o Mundo moderno.

E aqui fica uma "estória" de campanha.



"Esta eleição contou com muitas histórias que se irão contar durante várias gerações. Mas aquela que eu hoje trago comigo é sobre uma mulher que depositou o seu voto em Atlanta. Ela é muito parecida com os milhões que aguardaram vez para que a sua voz fosse ouvida nesta eleição, à excepção de uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos", contou Obama.

"Ela nasceu apenas uma geração depois da escravatura; numa altura em que não havia carros nas estradas, nem aviões no céu; em que alguém como ela não podia votar por duas razões - porque ela era mulher e por causa da cor da sua pele".

"E hoje, penso em tudo aquilo que ela viu ao longo do seu século de idade na América - as dores de cabeça e a esperança; a luta e o progresso; os tempos em que nos foi dito que não podíamos, e as pessoas que empurraram o credo adiante: 'yes we can'", reforçou Obama, lançando o repto para uma espécie de salmo, repetido pela audiência: "yes we can".


"Quando havia desespero [...] e depressão em todo o país, ela viu uma nação conquistada pelo medo, com um New Deal, novos trabalhos, uma nova sensação de objectivo comum. 'Yes we can'".

"Quando as bombas caíam no porto [Pearl Harbour] e a tirania ameaçou o mundo, ela era testemunha de uma geração que emergia à grandeza e de uma democracia era salva. 'Yes we can'".

"Ela esteve lá para os autocarros em Montgomery, para as mangueiras em Birmingham, a ponte em Selma, e para um pregador de Atlanta que disse às pessoas que elas conseguiriam triunfar. 'Yes we can'".

"Um homem tocou na lua, um muro caiu em Berlim, um mundo ficou ligado pela nossa ciência e imaginação, 'Yes we can'".

"E este ano, nesta eleição, ela tocou com o dedo no ecrã e votou, porque ao fim de 106 anos de América, ao longo das melhores horas e das horas mais sombrias, ela sabe como a América pode mudar. 'Yes we can'".

"América, fizémos um longo caminho. Vimos tanto. Mas ainda há tanta coisa a fazer. Por isso, esta noite, vamos perguntar a nós próprios - se as nossas crianças viveram para ver o próximo século; se as minhas filhas tiverem a sorte de viverem tanto como a Ann Nixon Cooper, que mudança é que vão ver? Que progresso teremos nós feito?". "Esta é a nossa oportunidade de responder a essa pergunta. Este é o nosso momento. Este é o nosso tempo", concluiu o novo Presidente dos Estados Unidos da América, o primeiro afro-americano a ocupar esse lugar.